Desde o último dia 16 de julho, o Jornal das Gerais, norteado pelo desejo de dar voz à população, publicou enquetes em seu portal de notícias que tinham por objetivo saber quem os munícipes gostariam de ver como candidatos (as) em seus municípios. Foram 4 enquetes publicadas até a presente data: Ipuiuna, Caldas, Congonhal e Lambari (esta última como uma forma de tornar o JG mais conhecido nessa região, assim como seria feito em outros municípios para os quais estamos também aumentando nossa abrangência). Nessa ação, em momento nenhum fizemos uma pesquisa com intenção de voto! Não perguntamos a ninguém pra quem ele(a) votaria.
Porém, depois de recebermos reclamações nesse final de semana, quando algumas pessoas estavam mais preocupadas em mostrar possíveis falhas no sistema, do que em expressar a opinião delas, resolvemos tirar estas enquetes do ar, e não mais publicarmos as que estavam previstas. Outras enquetes serão feitas, porém, sem nenhuma relação com a política, exatamente, para que outros municípios que ainda não conheciam o Jornal das Gerais possam conhece-lo.
Lamentamos profundamente que este importante instrumento democrático, autorizado por lei, e tendo sua utilização prevista para até o dia 16 de agosto, no entanto, não possa ser utilizado nesse momento, quando os partidos preparam suas convenções.
Ainda sobre a validade das enquetes esclarecemos que, segundo o TSE, enquete ou sondagem é o levantamento de opiniões sem plano amostral, que dependa da participação espontânea do interessado, e que não utilize método científico para sua realização. Algo que foi oferecido pelas nossas enquetes através da Plataforma americana ExCo, sediada em Nova York, e que contratamos pra esta ação, e que presta serviços a mais de 20 mil empresas e marcas, com um sistema utilizado por gigantes da comunicação no mundo, inclusive empresas como NetFlix, Lego, dentre outras. Nela, os votantes não precisavam se identificar, já que a identificação, segundo ouvimos de muitas pessoas, intimidava o votante que temia represálias. Se pedíssemos o documento da pessoa, para registrar o voto, aí seriamos acusados de estarmos capturando dados, enfim…a criatividade (e a mania de ver maldade em tudo) vai longe. Não há como agradar gregos e troianos. Fizemos o que é utilizado, e com sucesso, em outras localidades, mas aqui, vimos que ainda não foi dessa vez que poderia ser feito.
Pedimos desculpas pelo inconveniente, pois àqueles que fizeram uso da ferramenta com o mesmo caráter que orienta suas vidas, ou seja, participando, sem desperdiçar o tempo em tentativas de burlar o sistema, provam que são cidadãos ou cidadãs de respeito, como, acreditamos, ser todos aqueles que pretendem ocupar um cargo político. Porém, não pudemos conter algumas exceções que colocaram em risco a nossa credibilidade, e pra isso, não estamos dispostos a correr o risco.
Exemplo disso são os dados disponibilizados pelo sistema da ExCo que mostram a quantidade total de votos registrados num município e as “tentativas” (frustradas) de votar mais de uma vez.
Assim, com muito pesar, e sem subestimar ou ignorar a participação real e muito gratificante de muitas pessoas, agradecemos a todos essas, mas encerramos as enquetes, e não vamos divulgar os números pra que também não haja nenhuma sombra de dúvidas de que prezamos pela idoneidade de nossas ações. E a partir do momento em que os resultados deixaram de ser fidedignos, poderiam ser usados de forma indevida. No momento em que você votou, viu os resultados, então, eles não foram escondidos de ninguém.
Dessa maneira, continuamos firmes no propósito de fazer a população ser ouvida, de sempre ouvirmos todos os lados envolvidos num fato, e na certeza de praticarmos o bom jornalismo, apesar dos pesares.
Nosso pedido de desculpas a quem se sentiu lesado, de alguma forma, e o desejo de que possamos continuar juntos em outras ações que possam auxiliar a população, sempre!
Elaine Oliveira
Editora do Jornal das Gerais
Acho muito triste que pessoas simplesmente por EGO inflamado, coloquem a perder o trabalho de uma equipe e mais ainda, levantar suspeita de algo esteja errado. Preferem simplesmente creditar um “insucesso”, aos outros. É a velha política de desconstrução que não agrega em nada. Ninguém pode ter o seu mérito reconhecido porque isso se torna um demérito para outras poucas pessoas. Se queremos ver algo melhorar, vamos deixar o EGO de lado e nos atermos ao que realmente importa que é o desenvolvimento e o bem estar coletivo e não o bem estar INDIVIDUAL. Elaine, aproveito a oportunidade para parabenizar você e sua equipe pelo brilhantismo, pela ética e comprometimento com a verdade e imparcialidade com a qual você trata cada caso. Em especial aos informes diários ao combate ao COVID 19 na nossa região.
Muito honrada Ailton Goulart, em meu nome, e de toda a equipe do Jornal das Gerais, pelo reconhecimento ao nosso trabalho. Lidar com um público grande como o que lidamos, tão heterogêneo, com tantas diferentes opiniões, é algo realmente muito difícil. Mas, quando vemos que as pessoas de boa índole e comprometidas com a correção das coisas enxergam o nosso comprometimento, é sinal de que estamos no caminho certo. Esperamos sempre sermos merecedores da sua leitura, da sua audiência e desse apreço com o trabalho da imprensa. Gratidão pelo carinho conosco!