O ex-prefeito de Caldas, Dr. Alexsandro Queiroz, usou a tribuna da Câmara, durante a sessão de posse da nova legislatura, na tarde desse primeiro de janeiro, para dar uma notícia que despertou grande interesse em todos os presentes que ali estavam: a de que o município sinalizou, há cerca de 15 dias, que tem intenção de comprar do Instituto Butantan (SP), no mínimo, 10 mil doses da vacina contra o novo Coronavírus.
Segundo o ex-prefeito, essa sinalização é importante pois, garante a prioridade do município diante daqueles que não sinalizaram essa intenção, e traz também agilidade para a imunização, assim que a Anvisa liberar a vacina para comercialização no Brasil. Algo que o ex-chefe do executivo, e médico, acredita que deva acontecer em torno dos próximos 10 dias.
Dr. Alex disse que pode ser que a compra seja de até mais do que as 10 mil doses previstas inicialmente, a depender do preço que será disponibilizado pelo Instituto Butantan, referência na elaboração de vacinas no país e que trabalha, nesta iniciativa, com a produção da CoronaVac, uma das vacinas disponíveis no mercado, mesmo que em caráter emergencial, e que também já está sendo utilizada em outros países como nas vizinhas Argentina e Venezuela.
Quanto à dúvida de que os novos gestores empossados nesse primeiro dia do ano irão continuar com essa intenção de compra, o ex-prefeito diz que a população pode ficar tranquila. “O Ailton e o Azael (prefeito e vice, respectivamente) participaram das negociações, durante o processo de transição, e concordam com elas. Por isso, é certeza de que darão sequência nisso”, garante Dr. Alex.
Perguntado sobre o assunto, o atual prefeito Ailton Goulart disse que “está participando ativamente deste esforço, já iniciado, para a compra de vacinas contra o Coronavírus, assim que houver aprovação da Anvisa. Caldas está se preparando financeira e estruturalmente para vacinar a população assim que possível.”
Sobre a eficácia da Vacina CoronaVac
Mais uma polêmica envolveu a CoronaVac na tarde desse sábado, 02/01, quando a mídia divulgou aqui no Brasil que o governo chinês não aprovou essa vacina que é produzida pelo laboratório chinês Sinovac junto com o Instituto Butantan.
A dúvida sobre a eficácia da vacina é algo que vem permeando a todas elas, tanto as produzidas pela Pfizer, que é americana, ou a Sputnik, que é russa, por exemplo. Mas, segundo o ex-prefeito de Caldas, que é médico, ele não acredita que um laboratório credível como é o Instituto Butantan colocaria a vida de milhares, até milhões de pessoas, em risco por conta de picuinhas políticas, algo que também vem crescendo no meio dessa pandemia, mais até do que o próprio vírus.
Para o médico, o que se sabe até agora, é que a Coronavac tem índices, até então, de 86% de eficiência, números muito próximos, por exemplo, do que os divulgados pela Pfizer que são de 92%.
Para Dr. Alex, a intenção da compra é válida pois garante, segundo ele, que “seja qual for a primeira vacina liberada no país, o município de Caldas estará entre aqueles que terão prioridade para ter suas vacinas garantidas”.
Na região do sul de Minas, somente o município de Alfenas também havia declarado em 15/12/20 que tem intenção de comprar 200 mil doses da mesma vacina. Uma iniciativa que deverá custar aos cofres desse município cerca de de R$ 5 milhões com recursos do município, sendo R$ 25 para cada dose.
A prefeitura de Belo Horizonte, capital mineira, também sinalizou a compra da mesma vacina, produzida pelo Butantan em São Paulo e com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para garantir a imunização dos moradores contra a Covid-19.