Educação em Santa Rita de Caldas durante pandemia

0

Profissionais da educação, e pais de alunos, relatam como estão lidando com o ensino à distância, durante pandemia, e ainda, os desafios das novas tecnologias sendo colocadas à serviço da comunidade escolar.

 

 

A equipe do setor da educação de Santa Rita de Caldas está aprendendo a aprender, e a ensinar, novamente. Tudo por conta dos desafios impostos pela ausência das aulas presenciais, e a necessidade de encontrar recursos para suprir a lacuna deixada nas salas de aulas vazias.

A secretária de Educação Joelma Lopes conta que, logo que assumiu a Secretaria, notou que os professores estavam usando o material apostilado, impresso, que era entregue quinzenalmente na casa dos alunos. E era devolvido à Secretaria, depois que as crianças faziam as atividades. Porém, ela sugeriu aos profissionais da educação que utilizassem as tecnologias a favor da educação. E o que parecia ser bem difícil, no início, agora já está bem mais introduzido no dia a dia dos professores e alunos.

“No começo a gente tinha muita vergonha, medo da reação das famílias, mas elas aceitaram muito bem as mudanças e hoje nos ajudam nas aulas”, comenta a professora Maria Tereza de Moraes Pereira. Ela lembra que o apoio da equipe também foi fundamental para o êxito nesse processo. “Nossa supervisora, a Natália, foi uma de nossas maiores incentivadoras, sempre nos ensinando a editar vídeos, a inovar. Tivemos todo o apoio necessário para aprender a lidar com as novas tecnologias”, disse.

A professora Karina Lopes, que trabalha no berçário, com crianças de um ano, até um ano e meio, destaca a necessidade do profissional, mesmo à distância, reconhecer e valorizar o tempo diferente de cada criança. “Cada aluno tem um tempo diferente, uma forma diferente de aprendizagem, e nisso, os meios tecnológicos foram mais difíceis de se adaptar, ao contrário do presencial. Mas, nós tiramos de letra e hoje está fluindo muito bem”, afirmou.

O desafio de utilizar vídeos, a internet, e até plataformas de conversas entre pais e professores, foi para a professora Maria Carolina Torriani Santos, que atua no pré-escolar, um exercício que antecipou a formação dos profissionais. “Todos os professores têm que se adaptar para oferecerem o melhor para as crianças. Então, temos que aproveitar a oportunidade”.

Apesar da adaptação aos novos meios educacionais, a secretária de Educação não subestima a necessidade de reposição de lacunas educacionais deixadas nesse tempo sem aulas presenciais. “Será um trabalho árduo, pra recuperar essa defasagem. Pra repor essas lacunas de um modo que eles (alunos) não fiquem prejudicados. Será um trabalho contínuo dos professores”, prevê Joelma.

Enquanto isso, novos, e até os mais experientes educadores, vão se adaptando como podem, como é o caso da professora Laudicéia Marques de O. Pereira, que tem 29 anos em sala de aula. “O ensino remoto trouxe inúmeros desafios. Adaptar-se a essa nova realidade não foi nada fácil, principalmente, quando se fala em educação. Em primeiro lugar, é preciso ter muita calma nesse momento. E saber que esta é uma situação necessária, mas temporária. Com essa nova situação que vivemos é muito importante, mesmo que distante, manter a empatia com os colegas de trabalho, com os alunos e com as famílias. Fazendo o nosso trabalho mais interessante e significativo. Além de planejar as atividades, criar e compartilhar materiais interessantes e criativos, mesmo que remotamente, é de suma importância para aprendizagem de nossos alunos”.

“Neste momento de aulas online por conta do isolamento social, o público infantil é um dos que mais sofre com toda essa transformação na Educação causada pela pandemia que o país enfrenta. Trabalhamos com crianças pequenas, uma das dificuldades encontrada nesse momento é prender sua atenção, porque na faixa etária que encontram-se não conseguem ficar mais que 15 ou 20 minutos concentrados na mesma coisa.  Outro desafio é a exposição às telas que deve ser evitada mas, agora, são a única fonte de comunicação. Também sentimos dificuldades em relação à aceitação e colaboração dos pais. Um momento delicado em que eles também tiveram que mudar sua rotina para auxiliar os filhos”, como relatam as professoras do Cemei Pingo de Gente, Camila e Daiany.

Acompanhe as imagens no vídeo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui