Ausência de militares do 29º BPM durante atos cívicos causa estranheza

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E deixa “dúvidas” se existiram orientações à PMs para que eles não participassem dos atos cívicos. E se isso aconteceu, o porquê?

Prefeito não citou o nome do presidente, mas a todo momento, em seu discurso, condenou “um governo que quer pôr fim às instituições democráticas, que quer governar sozinho”…que fica fazendo arminha com a mão”.

 

O ato cívico na manhã desse dia 7 de setembro, em homenagem à independência do Brasil, ganhou tons mais graves em Ipuiuna. O prefeito Elder Oliva falou forte, em bom som, e por diversas vezes mostrou seu repúdio a um governo que, segundo ele… “quer acabar com as instituições democráticas, que não respeita a Suprema Corte (STF) e que fica fazendo arminha com a mão”, em demonstrações evidentemente atribuídas ao atual presidente. Jair Bolsonaro vem travando uma guerra com o os ministros do Supremo Tribunal Federal já há tempos, e usa o armamento da população como um das principais ideias defendidas em seu mandato, desde o início de sua campanha, na verdade, quando ainda era somente um candidato à presidência da república.

Outro fato que chamou muito a atenção durante a solenidade, foi a ausência dos militares durante o hasteamento das bandeiras. Tradicionalmente, todos os poderes são representados nesse momento, mas, apesar da presença no Estádio Municipal do Sargento Gilberto Lombello, responsável pelo Destacamento de Ipuiuna, ele não participou “porque não podia, se quer, participar do hasteamento da bandeira, não poderia, se quer, estar presente, junto no evento”, como foi dito pelo prefeito de Ipuiuna diante das câmeras que faziam a transmissão ao vivo, no local. (Veja vídeo). Quem fez o arreamento das bandeiras foi o prefeito e representantes do legislativo local.

Questionado sobre sua ausência no hasteamento, e diante da declaração do prefeito de que ele não poderia participar do evento, o Sargento Lombello pediu para procurarmos a Assessoria de Imprensa do 29º Batalhão, para responder o porquê dele não participar da solenidade. E o Jornal foi informado pela mesma de que: “Os policiais não estavam proibidos de participar de solenidade, porém este ano (a PM) focou no policiamento preventivo afim de garantir a tranquilidade das movimentações previstas nesta data. Em algumas cidades que houveram solenidade cívica, houve participação da Polícia Militar, então não procede”, segundo a assessoria sobre a possível proibição dos militares. Mas, a mesma assessoria enviou fotos de uma única cidade na região do 29º BPM, Cabo Verde, na qual houve a participação de um Sargento na solenidade cívica. O 29º Batalhão está sediado em Poços de Caldas.
Em Andradas, não houve participação dos militares no evento cívico, segundo informado pela assessoria de imprensa do executivo local.
Em Caldas, segundo o prefeito Ailton Goulart, “autoridades militares foram convidadas, mas não puderam comparecer. E como havia um deputado federal foi ele quem ergueu o símbolo nacional”, explicou o prefeito.

Em Santa Rita de Caldas, o Sargento da Polícia Militar Vagner Nogueira também não participou da solenidade, o que causou estranheza em meio aos presentes. Em contato com ele, o Sargento pediu também pra que falássemos com a Assessoria de Imprensa do 29º Batalhão, e não disse o motivo de não ter participado. Quando seria muito simples, na verdade, ter dito que as unidades da PM estariam focadas na prevenção a qualquer ato violento que poderia ocorrer na data de ontem.

Em Congonhal, cidade cujo policiamento preventivo e ostensivo é subordinado ao 20º Batalhão, sediado em Pouso Alegre, o Sargento Alex Vitor Paiva participou do momento cívico, realizada à tarde, na praça da cidade, hasteando a bandeira do estado mineiro, ao lado do prefeito Moisés Ferreira Vaz e do presidente da Câmara César Henrique.

Enfim, os próximos dias serão decisivos para entender a  ausência de alguns militares numa ocasião onde, tradicionalmente, a presença deste grupo é certa. Ou era!

 

 

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