Febre amarela em Santa Rita de Caldas mobiliza equipes de saúde na região

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O primata contaminado levou à necessidade de intensificar os cuidados com a vacinação contra a doença que tem como principal dano causado ao fígado e também é transmitida da mesma forma que a Dengue

 

Com a localização por um morador do bairro da Mata, em Santa Rita de Caldas, de um macaco morto, contaminado pelo vírus da febre amarela, em 13 de maio, os trabalhos de vacinação contra a doença tiveram que ser intensificados na região. De acordo com a regra do Ministério da Saúde, nestes casos, todos os municípios limítrofes (que fazem limite) com o município onde fora detectada a doença, entram também em alerta, ou seja, precisam reforçar o quadro vacinal de sua população, para evitar o contágio. É o caso de Ibitiura de Minas e Ipuiuna, por exemplo.

“No ano de 2018, foi feita uma varredura em todo o município. E foi vacinado acima de 90% da nossa população. Isso faz com que haja uma dificuldade de contaminação. E agora, foi feito novamente este trabalho, identificando quem já tinha tomado a vacina, ou quem tinha dúvida, tomou novamente, o que nos traz uma tranquilidade quanto à febre amarela”, garante a gestora de saúde do município, Regiane Vilas Boas.

“Nós não identificamos mais nenhum animal morto na nossa região com essa doença. Houve um caso suspeito no bairro Jaguari, que é divisa com Santa Rita de Caldas, mas, o animal já não tinha vísceras para serem examinadas, o que impossibilitou o diagnóstico. Esse tipo de problema põe todo mundo pra trabalhar. Tem que bater de porta em porta, pra que toda a população saiba dos riscos da contaminação e a necessidade da limpeza dos terrenos e quintais, pra evitar a proliferação dos mosquitos, a exemplo do que acontece com a dengue, pois o mosquito transmissor é o mesmo, ou seja, o Aedes. E o macaco é tão vitima quanto aos seres humanos. O alerta é pra gente cuidar dos próprios quintais para que as larvas não se desenvolvam”, pontou a secretária de Saúde.

De acordo com a coordenadora de Epidemiologia do município, Andressa Couto, “a varredura já foi concluída na zona rural, onde tivemos um índice de 95% de pessoas vacinadas. E agora, nós iniciamos na zona urbana onde os agentes de saúde fizeram um levantamento das famílias já vacinadas, para facilitar esta busca ativa, e vamos começar a fazer nas pessoas que não tomaram, ou que tem dúvidas sobre se já tomaram ou não. Neste caso, é melhor reforçar do que deixar a pessoa sem fazer a vacina”, explica.

Em casos onde a prevenção não foi feita, fique atento aos sinais da doença: “Os sintomas da febre amarela são dor de cabeça, no corpo, febre alta, dor abdominal e manchas na pele,” explica o Dr. Igor Campos Santana Maciel, da UBS de Santa Rita de Caldas.
O médico diz que não há um tratamento específico para a doença e, sim, para os sintomas. Daí, mais um motivo para se prevenir.  Nos casos mais graves, é possível que haja o comprometimento do fígado, levando a pessoa contaminada a apresentar a icterícia, ou amarelão, mostrando que o caso pode ter evoluído para uma hepatite ou cirrose. E em casos piores, até a morte.
A enfermeira Heloisa Silva Assis explica que em Santa Rita de Caldas o horário de funcionamento das salas de vacinas é das 8h às 16 horas.

Apesar do estado de Minas Gerais ter decretado recentemente o fim da emergência em saúde por conta da Dengue, os cuidados com quintais e locais que armazenam água parada devem continuar, pois o mosquito transmissor da dengue também é responsável por transmitir outras doenças, como, no caso, a febre amarela.

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