Autistas passarão a ter carteira de identificação para facilitar atendimento em estabelecimentos comerciais e repartições públicas de Congonhal

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A Câmara de Congonhal aprovou por unanimidade, na sessão do dia 15/10, os Projetos de Lei nº 05 e 06, que preveem respectivamente o atendimento preferencial e prioritário às pessoas portadoras do Espectro Autista, em estabelecimentos comerciais e repartições públicas no município, e a emissão de carteirinhas de identificação das pessoas que têm o transtorno. 
Na prática, os portadores do chamado TEA, receberão uma carteirinha que poderá ser apresentada nestes estabelecimentos para garantirem o acesso dessas pessoas de maneira mais facilitada e ágil, logo que, uma das principais dificuldades dos autistas é a aversão à barulho, tumultos e espera, dentre outros. 
A reunião na Câmara contou com a presença do grupo Brilho Azul, sediado em Pouso Alegre, e que apoia a causa autista em toda a região, como a mãe Priscila de Souza Ferreira que lida diariamente com as necessidades especiais do filho autista de 10 anos. “Nem todos sabem dos direitos dos autistas. É uma luta muito grande, uma vez que o autista não apresenta características físicas, então, tem muito preconceito e falta de informação. Por isso é importante esta lei que fixa identificação do símbolo do autismo nos comércios e ainda a confecção da carteirinha de identificação do autista. Isso porque o autista não tem muita paciência, ele tem dificuldade de esperar, ele não entende certas coisas normais pra gente, como muito movimento, num supermercado, por exemplo. Quando a gente chega com um autista numa fila, é muito constrangedor as caras-feias, porque não conhecem, acham que você está furando fila”, relata a mãe.
“A gente precisa ser mais humano diante de certas questões. Eu acho que naquela correria do dia a dia, isso tá faltando um pouco. Às vezes, na correria do dia a dia, você está na fila de um banco e quer ir embora. Mas de repente tem uma mãe ali, com um filho autista, e a dificuldade de um autista estar ali, com barulho, é muito grande. Então, é bom que a sociedade procure saber sobre o autismo, pra que ele tenha essa sensibilidade. Fico até emocionado com a aprovação dessa lei, pois só quem lida com uma pessoa com necessidades especiais sabe o quanto é difícil”, afirmou o propositor do Projeto, vereador e Presidente da Câmara, Moisés Ferreira Vaz. 
O presidente ainda pediu aos interessados um pouco de paciência para a elaboração das carteirinhas, uma vez que o procedimento ainda precisa ser planejado pelo Executivo. Mas, se comprometeu a reivindicar junto com seus colegas de Câmara, a execução no menor prazo possível. 

Autista é uma condição que acomete muitas crianças e pessoas no Mundo todo. A melhoria dos métodos de diagnóstico e o aumento de preocupação com o R+TEA fez com que a incidência aumentasse. Em países como os EUA a taxa está em uma criança para cada 59 mas no Mundo acredita-se que seja de uma crianças para cada cento e sessenta crianças segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em geral o autismo é representado por peças de quebra cabeça e a cor azul. Mas isso é muito discutido, há os que defendem e os que atacam, como tudo na vida. Abaixo damos algumas explicações do porquê foram adotados estes símbolos:
1- A cor azul – o azul representa a maior incidência de casos no sexo masculino. 
2- A peça de quebra cabeça – representa a complexidade do autismo e seus diferentes espectros que se encaixam formando o TEA. O logotipo da peça de quebra-cabeça foi usado pela primeira vez em 1963 e foi popularizado pela Autism Speaks . Eles o usam para simbolizar a ideia de que pessoas autistas são difíceis de compreender (como um quebra-cabeça) e que a “cura” para o autismo é a peça que falta.
3- A fita de conscientização que é utilizada também por outras causas, mas em cores diferentes, é permeada de simbologia. A fita do quebra-cabeça foi adotada em 1999 como o sinal universal da consciência do autismo. Embora essa imagem seja uma marca registrada da Sociedade do Autismo. Além de trazer o quebra cabeça, suas peças, são em cores diferentes isso representa a diversidade de pessoas e famílias que convivem com o transtorno. As cores fortes representam a esperança em relação aos tratamentos e à conscientização da sociedade em geral. É usada para identificar locais onde pessoas com TEA são bem-vindas.
Autor: Dr. José Luiz Setúbal
Fonte:
https://news.un.org/pt/story/2017/04/1581881-oms-afirma-que-autismo-afeta-uma-em-cada-160-criancas-no-mundohttp://www.autism-society.org/about-the-autism-society/history/autism-awareness-ribbon/

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