Sul de Minas permanece na “onda branca” depois que o número de casos de Covid-19 cresceu nas duas últimas semanas na região

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Programa do Governo de MG prevê a retomada das atividades de maneira gradual, como ondas, classificadas de acordo com o número de leitos ocupados e dos números de casos de Covid 19. A verde é a mais severa, onde só as atividades essenciais são mantidas. Sul de Minas permanece na “onda branca” que é a segunda na classificação.

O Comitê Extraordinário Covid-19, responsável pelo programa Minas Consciente, que se reúne semanalmente para avaliar o avanço da pandemia do coronavírus no estado, manteve o sul de Minas na chamada “onda branca”, o segundo estágio mais severo de controle das atividades, em função da pandemia. O programa Minas Consciente setoriza as atividades econômicas em quatro “ondas” (onda verde – serviços essenciais; onda branca – baixo risco; onda amarela – médio risco; onda vermelha – alto risco)

O programa foi criado em abril deste ano, pelo Governo de Minas, para promover a retomada econômica gradual e coordenada nas cidades mineiras, sugerindo medidas que preservem a saúde dos mineiros.

A região do Sul de Minas, assim como a do Norte, tem uma taxa de ocupação de leitos controlada até o momento. Mas, teve um crescimento no número de casos nas duas últimas semanas.

Caldas, Congonhal, Ipuiuna, Santa Rita de Caldas e Senador José Bento, até 25 de junho, não tinham aderido a esse programa. Só 155, dos 853 mineiros, aderiram até agora. Alguns secretários de saúde afirmaram que o plano é demasiadamente complexo para ser implantado em pequenos municípios e não consegue abranger peculiaridades desses locais.

Porém, mesmo não sendo adotado nestes municípios de nossa circulação, o fato da região se manter em um quadro que não evoluiu, e na classificação do governo se manteve como em risco, devido ao crescimento do número de casos e de ocupação de leitos em hospitais, só demonstra que a situação do Covid-19 está longe de ser resolvida ainda.

Ainda de acordo com alguns secretários e/ou secretárias ouvidas, o fato da população acompanhar os casos de superação do Covid-19 em outras grandes capitais, tem trazido uma falsa sensação de segurança. Como é o caso de São Paulo. A maior capital brasileira anunciou somente há duas semanas a flexibilização de suas atividades, e ainda aguarda os efeitos práticos dessa ação no número de contaminados. Isso porque houve, segundo as autoridades daquela localidade, uma redução no número de casos e de ocupação de leitos.

Mas, em Minas vem ocorrendo o inverso. Agora, os mineiros estão lidando com a interiorização do vírus, quando a Covid começou a se espalhar pelos municípios menores.  Até o momento, 11 macrorregiões de Saúde do Estado deverão seguir os protocolos da onda verde, abrindo somente os serviços essenciais, como padarias, farmácias e supermercados.

Medidas de prevenção

O governador Romeu Zema ressaltou a importância de manter as medidas de prevenção, como o isolamento social e o uso de máscara, para desacelerar a disseminação do vírus que, na última semana, colocou em risco a capacidade assistencial da rede hospitalar.  “Precisamos ter em mente que ainda não vencemos o jogo – ainda devemos estar em 20 minutos do primeiro tempo. Isso vai demandar paciência e comprometimento da população. Um Estado sozinho não consegue fazer tudo. Estamos tomando todas as medidas necessárias e, por isso, o Estado está mais estruturado a cada dia. Mas, se as pessoas estiverem fazendo churrasco, saindo de casa desnecessariamente e reduzindo o uso de máscara e a higiene das mãos, não teremos como conter o avanço dessa pandemia. Peço a todos que participem desse esforço”, pediu.

 

Zema também salientou que algumas cidades mineiras já decretaram o lockdown, quando o distanciamento social se torna obrigatório e as medidas de abertura são mais rígidas até mesmo para os serviços essenciais. Ele também destacou que existe a possibilidade de o Executivo estadual adotar a medida nas macrorregiões que apresentarem uma taxa de ocupação hospitalar considerada crítica.

“Provavelmente, não decretaremos lockdown em todo o estado, pois Minas possui um território muito amplo e precisamos avaliar a situação de cada região. Mas não descartamos a possibilidade de fechar as regiões que estiverem mais críticas. É uma medida extrema, mas que pode ser necessária para preservar a saúde de todos os mineiros”, disse.

Todas as mudanças definidas na reunião do Comitê Extraordinário Covid-19 passam a valer a partir deste sábado (27/6), com a publicação no Diário Oficial do Estado.

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